terça-feira, 28 de setembro de 2010
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
"Por trás da vidraça"
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Sem inspiração
sábado, 11 de setembro de 2010
Pela passagem dos 62 anos do Caio Fernando de Abreu

"Gosto de pessoas doces, gosto de situações claras - e por tudo isso, ando cada vez mais só."
Caio Fernando de Abreu (1948-1996) foi jornalista, dramaturgo e escritor e na data de 12 de setembro faria 62 anos se vivo estivesse.
“Apontado como um dos expoentes de sua geração, a obra de Caio Fernando Abreu, escrita num estilo econômico e bem pessoal, fala de sexo, de medo, de morte e, principalmente, de angustiante solidão. Apresenta uma visão dramática do mundo moderno e é considerado um fotógrafo da fragmentação contemporânea".
Wikipédia - http://pt.wikipedia.org/wiki/Caio_Fernando_Abreu
"Sugestões para atravessar agosto
(...) Para atravessar agosto ter um amor seria importante, mas se você não conseguiu, se a vida não deu, ou ele partiu - sem o menor pudor, invente um. Pode ser Natália Lage, Antonio Banderas, Sharon Stone, Robocop, o carteiro, a caixa do banco, o seu dentista. Remoto ou acessível, que você possa pensar nesse amor nas noites de agosto, viajar por ilhas do Pacífico Sul, Grécia, Cancún ou Miami, ao gosto do freguês. Que se possa sonhar, isso é que conta, com mãos dadas, suspiros, juras, projetos, abraços no convés à lua cheia, brilhos na costa ao longe. E beijos, muitos. Bem molhados. Não lembrar dos que se foram, não desejar o que não se tem e talvez nem se terá, não discutir, nem vingar-se , e temperar tudo isso com chás, de preferência ingleses, cristais de gengibre, gotas de codeína, se a barra pesar, vinhos, conhaques - tudo isso ajuda a atravessar agosto. Controlar o excesso de informações para que as desgraças sociais ou pessoais não dêem a impressão de serem maiores do que são. Esquecer o Zaire, a ex-Iugoslávia, passar por cima das páginas policiais. Aprender decoração, jardinagem, ikebana, a arte das bandejas de asas de borboletas - coisas assim são eficientíssimas, pouco me importa ser acusado de alienação. É isso mesmo, evasão, escapismos, explícitos. Mas para atravessar agosto, pensei agora, é preciso principalmente não se deter de mais no tema. Mudar de assunto, digitar rápido o ponto final, sinto muito perdoe o mau jeito, assim, veja, bruto e seco:. (Crônica: Pequenas Epifanias,O ESTADO DE SÃO PAULO/06/08/1995)
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Ah se tu soubesses...

Como eu gosto
de te ter aqui
Como me faz feliz
a cada vez que tenta
se encontrar
entre meus devaneios
Se soubesses como
as ondas do teu som
me fazem flutuar
Viria todos os dias
só pra me fazer
dançar ao som
aos versos
Ainda é cedo
vem!
(Antoíne de Saint-Exupèry - O Pequeno Príncipe)
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Censo 2010

"E recebi aqui o sujeito do censo do IBGE.
Com seu palmtop, simpático, falante.
Ofereci café e me preparei para me abrir para ele.
Até meus segredos mais íntimos.
Esperei perguntas relevantes.
Tipo:
Minha religião
Meu colesterol
Meu time de preferência
Minha bebida preferida
Meus ideais
Meu hábito de leitura
Alimentação
Quantas vezes vou ao teatro e cinema
Se prefiro rock, axé, música eletrônica
Se leio jornais impressos
Se como gordura trans
Se a TV fica no quarto
Se uso banda larga
Se sou canhoto
Prefiro cheques ou cartões
Se compro produtor piratas
Se sou a favor do aborto, da união homossexual, da liberação das drogas
Nada disso.
Perguntou quanto ganho, o que me recusei a dizer. Quantos banheiros tenho em casa [pensei que ele estava precisando ir ao toalete]. E se alguém que morava comigo havia morrido ou se mudado de país. E foi embora.
Nem perguntou o nome do meu gato!
Não entendi nada.
Depois caiu a ficha: claro, o IBGE está querendo saber dos mortos e exilados, para controlar o bolsa família, a Previdência e outras ações sociais.
Deduragem.
Na cara dura.
Não?"
http://blogs.estadao.com.br/marcelo-rubens-paiva/page/2/
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Baby, entenda que gosto d'ocê
sábado, 4 de setembro de 2010
Pelos rastros das estrelas

Sigo-a ofegante
Encontro-a em mútuos devaneios
Com a languidez do surrar o esquerdo
O cansaço é dilacerante
A beira do enfermo
Meus passos calam o ensurdecedor silêncio
O qual só reencontro quando a lembro
Contorno o meu desespero
Voltando aos passos lentos
O verde desbotado das arvores
Contemplam minha desventura
Em busca pelos rastros da saudade
Perco-me
Preciso desvairadamente encontrar-te
Meus olhos paralisam-se ansiosos
Para vê-la e aplaudi-la
Extasiados saudando o fim de toda espera
Por Tayllor Sena
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
Devaneios de um egoísta

Perdoe-me querida sou um cínico por natureza e descaradamente minto. Já não prometo que vou mudar porque não vou e você bem sabe. Esse é o meu jeito cretino, sou um tanto cruel e não posso amar ninguém além de mim.
Desculpe pequena, não estava nos meus planos te ferir, mas você foi apenas mais um projeto inacabado como outros tantos que faço. Você sabe que não sou bom com continuação, não sei por que, mas quando as coisas começam a ficar dificéis sento na janela e espero a vida passar. Sinto muito por ser tão covarde, mas o fato é que não posso amar ninguém além de mim.
Olha meu bem, não quero ver você triste assim, mas me entenda eu não faço plano sou um rude espontâneo e não cresci. Minha inconstância te deixa em sobressaltos e isso dói em mim e dói
Além do mais sua família não me aceitaria e seus amigos não entenderiam o meu modo incomum de viver. Deixa pra lá, esse é só mais um dos meus mecanismos de defesa e sei que você sabe, pois me conhece muito bem e já não é tão burra pra se deixar levar (precisaria melhorar minhas táticas pra fazer você se sentir a vilã caso eu resolvesse ficar). Devo admitir que gosto de te ter disponível só pra mim. Perdoe-me, sei que sou frio, meio louco e talvez cruel, mas esse é o único modo de dissipar as saudades que vez ou outra sinto da tua pele junto a minha e de aliviar minhas culpas. A verdade é que já não sei amar ninguém além de mim.