terça-feira, 26 de outubro de 2010

Para Yohanna Assumpção

O parto

Agora longe
reconstrua as suas asas
De pedacinho em pedacinho
quebre memórias
Parta-se em novas concepções
Veja o parto de um novo ser
Um ser que já não precisa lembrar
o que partiu
Parta-se para partir
em paz
Deixe o tempo andar...




Seja bem vinda florzinha!

sábado, 23 de outubro de 2010

Eu apoio a liberdade


Certa vez comentei aqui no blog que aprendi com as flores a respeitar as diferenças. Hoje quero expor meu protesto contra eventos que machucam e ferem as pétalas de algumas destas flores  estimadas. Meu protesto contra acontecimentos que mechem com a vida de amigos muito queridos que me ensinaram a ser alguém muito melhor, portanto estou com eles apoiando a luta contra a intolerância.
Cresci com a idéia de que cada um deve ser livre pra ser o que julgar (ou sentir) melhor. Azul ou rosa, pai nosso ou ave-maria, sempre acreditei que cada um deve optar pelo que o faz feliz. No entanto, percebo agora em meio às disputas pela corrida partidária à presidência da república uma onda de disseminação da homofobia. Fico perplexa diante de pessoas que simplesmente se incomodam diante das opções de vida alheia. Fico pasma ao perceber aos rumos que a campanha eleitoral tomou toda enfeitada de absurdos ‘apelativos’ fruto de tentativas desesperadas de chamar a atenção, mas um deles extrapola os limites: o surto homofóbico.
Num tempo em que o preconceito deveria ser abolido parte da campanha do candidato José Serra se concentra em tentar arrancar votos questionando a opção sexual da candidata Dilma Rousseff ou simplesmente são contrários a propostas que visa reconhecer os direitos civis como o casamento entre homossexuais. Na briga pelo voto dos mais “tradicionais” (acho que eu deveria dizer mais ignorantes e preconceituosos) essa onda de homofobia ameaça levar tudo que já foi conquistado pelos gays. Não consigo compreender como em pleno século XXI as pessoas se sentem agredidas pela opção (será opção ou desejo? Não importa...) sexual do outro. Ainda ontem estive presente num velório e ouço alguém comentar: “se eu já odeio viado tenho ainda mais nojo de sapatão” fiquei possessa com o comentário, mas infelizmente não era o local apropriado pra discutir questões ideológicas até porque a pessoa que fez a infeliz observação estava velando um membro da família. Enfim, não compreendo o porquê da raiva, da revolta se isso não afeta sua vida em nada. Não compreendo o porquê da disseminação do ódio contra pessoas que só desejam amar e ter direitos comuns a qualquer cidadão.
Ame ao próximo como a ti mesmo, respeite as diferenças e diga NÃO ao preconceito, seja da forma que lhe for apresentado ou contra quem for. Por trás do preconceito existe sempre alguém inseguro e intolerante que não aceita nada diferente de si.

"Todo sujeito é livre para conjugar o verbo que quiser..."